O licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos de controle e fiscalização ambiental no Brasil. Segundo o procurador Bruno Garcia Redondo, compreender esse processo é fundamental para qualquer atividade que interfira no meio ambiente. Pois, trata-se de um procedimento legal e técnico que visa garantir que empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras sejam conduzidos de forma responsável, evitando danos ao ecossistema e promovendo o desenvolvimento sustentável. Interessado em saber mais sobre? Acompanhe, a seguir.
O que é licenciamento ambiental e qual é sua finalidade?
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo realizado por órgãos ambientais competentes para autorizar a instalação, ampliação, modificação ou operação de empreendimentos que utilizam recursos naturais ou que possam causar algum tipo de impacto ambiental. De acordo com o doutor Bruno Garcia Redondo, esse processo não apenas fiscaliza, mas também orienta a adoção de medidas mitigadoras e compensatórias por parte dos empreendedores.

Assim, o licenciamento ambiental atua como uma ponte entre o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente, contribuindo para a sustentabilidade das atividades produtivas. Sua principal finalidade é garantir que as ações humanas respeitem os limites ecológicos, reduzam riscos à biodiversidade, ao solo, à água e ao ar, e mantenham o equilíbrio ambiental necessário para as futuras gerações.
Quando o licenciamento ambiental é obrigatório?
Nem todas as atividades exigem licenciamento ambiental, mas ele é obrigatório em casos específicos. O enquadramento depende do potencial de impacto ambiental que a atividade representa. Dessa forma, o licenciamento é exigido sempre que a atividade for considerada efetiva ou potencialmente poluidora, ou que possa causar degradação ambiental.
O que inclui setores como mineração, construção civil, energia, agronegócio, transporte e indústrias em geral. Além disso, estados e municípios podem definir exigências adicionais, desde que respeitem as diretrizes federais. Assim, é fundamental consultar a legislação ambiental local e os órgãos ambientais antes de iniciar qualquer empreendimento, conforme frisa Bruno Garcia Redondo.
Quais são os tipos de licenciamento ambiental?
Existem diferentes modalidades de licenciamento ambiental, que variam conforme o tipo de atividade e o grau de impacto ambiental previsto. Os principais tipos são:
- Licença Prévia (LP): concedida na fase de planejamento do projeto. Avalia a viabilidade ambiental da atividade e estabelece condicionantes para as etapas seguintes.
- Licença de Instalação (LI): autoriza o início da implantação do empreendimento, desde que sejam cumpridas as exigências estabelecidas na Licença Prévia.
- Licença de Operação (LO): permite o funcionamento do empreendimento, após verificação do cumprimento das condições anteriores.
Além dessas, também existem outras formas de licenciamento, como a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), voltada a empreendimentos de menor impacto e com regras pré-estabelecidas. Dessa forma, cada modalidade deve ser solicitada de acordo com as características e riscos ambientais da atividade. O processo de licenciamento pode variar em complexidade, e seu acompanhamento técnico é fundamental para garantir a regularidade da operação e evitar sanções.
Por que o licenciamento ambiental é essencial para o desenvolvimento sustentável?
O desenvolvimento sustentável exige equilíbrio entre crescimento econômico, preservação ambiental e justiça social. Nesse contexto, o licenciamento ambiental se apresenta como um mecanismo de regulação capaz de promover esse equilíbrio de forma efetiva. Segundo o procurador Bruno Garcia Redondo, ao obrigar empresas a avaliarem e mitigarem os impactos de suas atividades, o licenciamento incentiva práticas mais responsáveis, planejadas e menos agressivas ao meio ambiente.
Sem contar que, contribui para a segurança jurídica, transparência e previsibilidade nos processos produtivos. Outro ponto relevante é que o licenciamento ambiental estimula a adoção de tecnologias limpas e sistemas de gestão ambiental, promovendo inovação e melhoria contínua. Para a sociedade, o benefício é claro: mais proteção aos recursos naturais, mais qualidade de vida e menos riscos associados a desastres ambientais.
Como iniciar um processo de licenciamento ambiental?
O processo começa com a identificação da necessidade de licenciamento, de acordo com a atividade que será realizada, como pontua o doutor Bruno Garcia Redondo. Depois, é preciso entrar em contato com o órgão ambiental competente, que pode ser federal (IBAMA), estadual ou municipal, e verificar a documentação exigida.
Aliás, é recomendável contar com consultoria especializada em meio ambiente para realizar estudos técnicos, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), quando necessário. Esses documentos são fundamentais para que o órgão analise os efeitos da atividade e defina as condicionantes da licença.
Licenciamento ambiental: uma prática que beneficia todos
Em conclusão, o licenciamento ambiental é mais do que uma exigência legal. Ele representa um compromisso com a preservação dos recursos naturais, com a segurança da população e com a promoção de um desenvolvimento que respeite os limites do planeta. Logo, quando bem executado, o processo é capaz de transformar empreendimentos em agentes de mudança positiva. Assim sendo, empresas, profissionais e gestores públicos que compreendem a importância do licenciamento e o utilizam como instrumento de gestão ambiental saem na frente em um cenário cada vez mais exigente e consciente.
Autor: Ekaterina Smirnova